Pratos na Percussão - por Junior Moraes

Pratos na Percussão – por Junior Moraes

Pratos na Percussão – por Junior Moraes

Olá a todos, sou Junior Moraes, percussionista e baterista e hoje falarei sobre os pratos na percussão e construção de setups.


Muitos percussionistas não pensam em pratos em seus setups como algo essencial, necessário… pensamos sempre nos tambores e esquecemos que o pratos certo, no momento certo, é um efeito valioso.


Falarei de duas situações específicas: a situação de “baile” (ou percussão geral – não gosto de chamar assim, mas…), onde se toca vários estilos e do setup onde o Cajon é o principal elemento rítmico.

Setup ‘Baile’

Num setup grande, onde você precisa de instrumentos que cubram um grande número de estilos musicais, os pratos escolhidos não devem competir, em timbre, frequência e decay com os pratos do baterista. Qual o set do seu baterista? Observe e se encaixe nos espaços que ele não ocupa. Splashes, CupBells, Chinas, Stacks, pratos específicos de efeito são boas pedidas.

Aconselho sempre apenas pontuar momentos na música, por isso é bom evitar atacar junto com o batera. Fuja do obvio, fuja do 1, hehe… Pense sempre como um acento, uma textura, uma acréscimo numa convenção… Os pratos deverão se portar como efeitos dentro do seu setup.

Um crash grande, de 18” talvez, fino, também é bacana para os ‘crescendo’. Por exemplo, uma entrada de refrão, enquanto o batera faz uma frase.

Enfim, use-os não como o senso comum os aplica (como, na maioria das vezes, pra finalizar uma frase musical), mas como um elemento sonoro que complementa musicalmente o arranjo.

Setup ‘Cajon’

Num outro contexto, num setup mais acusticamente controlado, onde o Cajon é o chefe, os pratos ganham outra função. Lá você será a condução, o “batera” da gig…

Sugiro três modelos que funcionam muito bem: um hihat pequeno (já usei muito dois splashes de 10” como Hihat), um splash grande ou um crash pequeno (lembre-se que estará usando as mãos, não só baquetas) e um ride leve (ou um crash/ride). Com esses modelos, você poderá usar mãos, baquetas comuns, rods… o importante é que o prato escolhido mixe com o restante do setup.

O que eu quero dizer é que não vale a pena ter um prato que, quando você ataca com uma baqueta, o volume dele cobre todo o resto.
Dos que eu sugeri, só o ride que será usado sempre com baquetas, do modelo que achar apropriado. O Hihat e o splash (ou crash) poderão ser tocados com baquetas, vassouras ou mãos, por isso procure pratos de espessura fina.

Não aconselho splashes muito pequenos, timbres muito agudos e cortantes. O contexto do setup com Cajon é mais “aveludado”, vale evitar pratos que ‘gritam’ demais.

Use a ferramenta principal: o bom gosto!

Quero lembrar que essas sugestão são genéricas, não levando em conta o estilo musical e repertório, mas sim tentando oferecer setups versáteis nos dois contextos.
No mais, vale sempre a principal regra que rege todo músico: o bom gosto.

Pratos na Percussão: Sugestões de Modelos

Pra terminar, deixarei aqui sugestões de modelos que acredito se encaixarem perfeitamente nas sugestões do texto.

Esse seria um ‘kit’ que funcionaria para os dois contexto (e muito mais…). Escolha e misture os pratos de acordo com o que a música que será tocada pede.
Splash MS 6″
Control Splash MS 8″
Percussion Hat MS 12”
Percussion Crash MS 14” ou 15” (meus preferidos!)
China Crashes MS 12”, 14” ou 16”
Ride Attack MS 19″
Um grande abraço a todos e até o próximo texto,
Junior Moraes.

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