Entrevistas com nossos bateristas - Joãozinho

joãozinho

Continuando a nossa série Entrevistas com nossos bateristas”, hoje nós trouxemos um cara que manja muito e faz sucesso na banda Tribo de Jah. Você já conhece o João Rodrigues, o famoso Joãozinho? Vem saber mais sobre a trajetória dele como batera.

 

 

O.C.: Como foram os seus primeiros contatos com a bateria?

J.R.: Meu primeiro contato com a batera foi em uma escola de cegos que funcionava em regime internato, em São Luís do Maranhão, onde a escola conseguiu um show beneficente, quem estava tocando no dia era o Camilo Mariano.

O Camilo, foi a primeira pessoa a me dar as primeiras dicas de batera, ele ja tocava em uma banda de baile em São Luís, e essa banda foi fazer o show na escola, e ele colocou a batera na minha mão.

Mas desde criança eu tocava em baterias de lata produzidas em casa, esse foi meu primeiro contato, eu não sabia que existia a máquina de hi hat, mas após esse dia comecei a tocar com frequência e mesmo depois de tanto “apanhar” para aprender sendo um baterista deficiente e Graças a Deus até hoje faço o que gosto.

Agradeço todos os dias por Deus ter me tornado um baterista eficiente.

 

O.C.: Quais foram os desafios para você se tornar baterista, sendo deficiente visual?

J.O.: Tive desafios sim, os donos de banda se perguntavam “Pô, como o cara que não enxerga vai enxergar os pratos, os tambores”, foram muitas desistências.

Eles achavam que era impossível eu tocar bateria, em alguns casos falavam que eu poderia participar depois.

Tive a oportunidade com o Sr. José Viegas, depois de tocar com ele, todos os donos de banda me queriam para tocar batera, mas eu estava satisfeito na banda em que eu estava.

Foram 4 anos nessa primeira banda.

Até hoje as pessoas ficam paradas me admirando tocar, não que eu seja o melhor baterista, mas ficam olhando.

 

O.C.: Quem é a sua maior inspiração na bateria?

J.O.: Minhas referências com o reggae, que é o genero que eu toco atualmente, são várias como o da Banda Gladiators, o baterista do Bob Marley – que é de onde as pessoas mais se inspiram, ele não é o único para mim porque tenho várias referências.

 

O.C.: Qual conselho você daria para quem está iniciando no mercado da música?

J.O.: Tanto faz a pessoa ser deficiente visual ou não, todos os músicos enfrentam problemas para entrar em bandas.

Sempre digo: Não baixem a cabeça, tem pessoas que fazem críticas duras e não buscam ajudar as pessoas a crescerem.

Todos nós recebemos críticas duras. É importante manter a cabeça erguida, principalmente quem está começando.

Eu já ouvi que não tinha condições de ser baterista por ter deficiencia visual, se eu tivesse parado não estaria onde estou hoje.

Bola pra frente e desanimo nunca, jamais!

 

 

Para não perder mais nenhum de nossos eventos, novidades ou promoções, fique atento ao nosso blog e às nossas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter.